Universidade Cidadã       Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer   Visite o site do FUSSESP   Visite o site do Governo
Quarta-feira, 04 de junho de 2025 - 19:28     Home   Contato    






































 

Introdução

Ao assumir a responsabilidade de presidir o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo percebi o grande desafio que tinha pela frente. Dona Lila Covas havia começado um importante projeto de geração de renda, desenvolvendo o conceito de solidariedade no sentido mais amplo e belo, o de participação, respeito, envolvimento, doação. Os projetos de geração de renda continuam e temos a certeza de que milhares de pessoas em todo o Estado de São Paulo serão mais felizes com nossa atuação. Nossos sonhos são muitos e serão possíveis se tivermos parceiros. Nossa voz fica mais forte quando apresentada com um coral de vozes com a mesma afinação. O maestro que nos guia é o ideal que nos move - fazer o ser humano mais feliz. O Projeto Universidade Cidadã é uma semente que, plantada com cuidado e com carinho, dará frutos nas mais diversas regiões de São Paulo. O trabalho do estudante na comunidade carente será uma grande oportunidade de conhecimento, integração, doação, conquista de sonhos. O sonho de quem recebe e o sonho de quem dá - em verdade, as duas partes darão e receberão ao mesmo tempo. Como projeto pioneiro, as faculdades de direito. Posteriormente outros grupos serão convidados a participar. O conceito inicial é o de trabalhar com a cidadania - criando associações e cooperativas, discutindo direitos e deveres, formando e informando para a dimensão profunda de ser um cidadão responsável por sua comunidade. Tenho a certeza de que esse sonho participado dará bons frutos. Se há muitos que vivem de lamúrias pela situação em que se encontra a humanidade, há outros que se enchem de garra, força, entusiasmo para engrossar as fileiras daqueles que acreditam que atingir o sonho começa com o primeiro passo. O nosso trabalho é simples e por isso grandioso e só será possível com essa responsabilidade partilhada, afinal, um único instrumento não forma uma orquestra. Mãos à obra!

Maria Lúcia Alckmin
Presidente do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo

 

1. Apresentação

A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (Constituição Federal, artigo 205).

A Educação Superior tem por finalidade: estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade (Lei de Diretrizes e Bases da Educação, artigo 43, VI).

Objetivo:
Proporcionar uma aproximação maior da universidade e das comunidades carentes do Estado de São Paulo, desenvolvendo uma relação de parceria, troca de experiência e conhecimento.

Justificativa:
Um país que admite no texto da Constituição Federal que constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, entre outros, erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais (art. 3, III da Constituição) precisa utilizar-se de todos os mecanismos para proporcionar a aproximação dos chamados incluídos e excluídos.

O Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo tem todas as condições de gerenciar esse processo de aproximação da universidade com a comunidade carente, criando projetos concretos para melhoria da qualidade de vida da população mais necessitada. De outra forma, a experiência do aluno só virá a garantir o desenvolvimento de sua habilidade no que tange ao conhecimento do mundo que o cerca e a necessidade de uma ação solidária constante.

Detalhamento:
O projeto consiste em formar parcerias com as universidades e outras entidades afins para a prestação de serviços de cidadania para as comunidades carentes. Todas as faculdades (com seus diversos cursos) poderão participar, devendo haver uma agenda positiva que gradativamente envolva os responsáveis pelos cursos e as ações que poderão ser executadas. A primeira faculdade a ser convidada para participar será a faculdade de Direito, posteriormente a de Odontologia e assim sucessivamente, envolvendo alunos de várias áreas e habilidades.

As faculdades de direito, por meio dos núcleos de práticas jurídicas e escritórios-modelo, e ainda dos centros acadêmicos, poderão realizar um trabalho de cidadania em várias frentes, dentre essas: palestras para o incentivo à participação popular em associações e cooperativas, elaboração de estatutos, cursos sobre direito e cidadania, consumidor, meio ambiente entre outros. Como parceiros serão ainda convidados a participar a Ordem dos Advogados do Brasil - OAB de São Paulo e o Ministério Público do Estado de São Paulo e todas as prefeituras.

As faculdades de odontologia, por meio da direção, dos núcleos de atendimento à população e dos centros acadêmicos, juntamente com a APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas) e a ABO (Associação Brasileira de Odontologia - SP) poderão realizar um trabalho de participação popular no que tange à prevenção da saúde bucal. Não se trata de um trabalho de exercício da profissão de dentista. Trata-se de um trabalho preventivo com palestras, cursos, distribuição de material apropriado (escovas de dente, fio dental, pastas, etc). Assim sucessivamente as demais faculdades serão convidadas a participar.

 

2. Parcerias

Quem são e o que se espera de cada um dos parceiros do projeto:

- Fundo Social de Solidariedade - órgão presidido pela Primeira Dama do Estado, coordena o projeto, centralizando informações e estimulando as parcerias e o desenvolvimento das ações. Indicará, também, entidades que poderão se beneficiar do projeto.
- Universidades - alunos e professores levam seus conhecimentos técnicos à comunidade, resolvendo problemas, orientando, compartilhando o saber, ao mesmo tempo que aprofundam contato com a realidade do país, ganhando experiência, sensibilidade social e vivência cidadã.
- Secretarias de Estado, Procuradoria Geral do Estado e Prefeituras / Fundos de Solidariedade dos Municípios - responsáveis pela execução das políticas públicas, oferecem suporte para a realização do projeto, colocando à disposição espaços e profissionais com participação em atividades e programas em desenvolvimento. Os Fundos de Solidariedade municipais podem coordenar as atividades em suas respectivas cidades.
- Conselhos de Cidadania - órgãos colegiados compostos por representantes da sociedade e do Estado participam das atividades para reforçar o sentido de defesa dos direitos de segmentos sociais vulneráveis.
- Associações Comunitárias e demais Organizações Não-Governamentais - responsáveis pela mobilização e participação da comunidade, são fundamentais partícipes do projeto.
- Empresas - oferecem condições (transporte, alimentação, equipamentos etc.) para a realização do projeto.

Colaboradores individuais e voluntários - integram-se aos estudantes para colaborar com o êxito do projeto.

 

3. Universidade

Enaltecer o papel da Universidade como uma unidade capaz de produzir transformações sociais no ambiente em que se encontra, conscientizando não apenas os estudantes, como também os professores, diretores, reitores e donos de escolas de nível superior ou de Universidades, sejam estas particulares ou públicas, para que a mesma cumpra uma função essencial, que se denomina extensão universitária.

Mas afinal, o que é extensão universitária e qual é a função desta atividade dentro de uma Universidade? Por que acreditar tanto nesse tipo de atividade como um instrumento de transformação social? Para responder a essas perguntas, é necessário lembrar a função social da Universidade. É papel da Universidade formar os indivíduos de maneira construtiva, de tal forma que os mesmos tenham condições de sair da escola com seu senso crítico aguçado, questionando os problemas a sua volta, sempre com o intuito de tentar aprimorá-lo. É papel da Universidade formar cidadãos críticos e não simplesmente profissionais técnicos. É papel da Universidade, ao formar um indivíduo, dar também um ofício, um conhecimento que guardará consigo e que aprimorará à medida que o colocar em prática. Entretanto, não é e nunca foi função da Universidade tornar-se um centro comercial, onde a negociação de um diploma que torna-se um passaporte de promoção social parece ser o único objetivo. Não é dessa forma que deve ser vista a Universidade, seja ela pública ou privada. Havemos de pensar na importância dos estudos, da aquisição de conhecimentos não apenas para guardá-los para si, mas para levá-los às demais pessoas, à sociedade como um todo.

É dentro dessa concepção que a Universidade foi pensada e criada. E é nesse sentido que a Constituição Federal fundamenta a Universidade, baseando-a em um tripé: o ensino, que é o método essencial de transmissão do conhecimento; a pesquisa, que é o método essencial de produção de novos conhecimentos; e a extensão, assunto principal abordado neste texto.

Falar em extensão universitária significa falar em democratização de conhecimento. Extensão Universitária é, por excelência, a interação entre a Universidade e a Sociedade, tendo como produto uma real transformação social. Mas é também um modo fundamental de formação do universitário.

É importante demonstrar, brevemente, como é possível realizar a extensão universitária e trabalhos sociais, e como tais atividades podem mudar uma triste realidade, através do relato de um projeto de extensão realizado pelo Centro Acadêmico "XI de Agôsto", entidade representativa dos estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).

O Grupo de Extensão das Arcadas (GEA), um trabalho realizado por alunos, sob a supervisão do "XI de Agôsto". Uma vez por semana, um grupo de alunos se dirige a uma comunidade carente no bairro do Capão Redondo, periferia de São Paulo, denominada Comunidade "Chico Mendes". Nessa Comunidade habitam pessoas pobres, muitas das quais jamais tiveram qualquer contato com a justiça, ou seja, com o Poder Judiciário. Por serem estudantes de direito, os alunos organizam um sistema de atendimento, ouvindo as queixas e problemas jurídicos que aquelas pessoas excluídas têm. Dessa forma, realiza-se na Comunidade um trabalho de orientação jurídica, que permite ao aluno conhecer de fato o problema da justiça brasileira, ajudando ao mesmo tempo o indivíduo necessitado.

Como o projeto já possui mais de um ano, pode se verificar quais eram os principais problemas jurídicos que afetavam aquela comunidade. Dessa forma, puderam os estudantes "mapear" estes principais problemas, montando na Faculdade grupos de estudos sobre os mesmos, e quais seriam as melhores soluções para eles. Essa primeira fase é uma fase ainda assistencialista do projeto, mas que pretende deixar de sê-la, pois ao tomar conhecimento dos maiores problemas que afetam a Comunidade, e estudá-los mais a fundo, passa-se para uma segunda fase denominada preventiva: os estudantes se dirigem a essa comunidade, promovendo cursos e palestras sobre os problemas jurídicos, mostrando para a população seus direitos e deveres, amenizando desta forma as dificuldades com a justiça que aqueles indivíduos possam ter. A idéia de extensão repudia o assistencialismo, que acaba gerando uma grande dependência da comunidade, e dá primazia à transformação social, de modo a permitir auto-suficiência. Essa é uma realidade existente,e que tem dado muito certo.

Outra experiência (agora fora do âmbito da extensão universitária, mas dentro ainda de projetos sociais feitos pelos universitários) do "XI de Agôsto" é o Cursinho do XI. Trata-se de um curso preparatório para o vestibular, para pessoas de baixa renda que, em virtude da acirrada competição, não conseguem entrar nas Universidades pela defasagem de seus conhecimentos. Porém, poucas são as Universidades gratuitas em nosso país, e por serem estas extremamente concorridas, seus vestibulares tornam-se exigentes, possibilitando o acesso aos seus bancos apenas àqueles que puderam ter uma boa formação no ensino médio. Ora, sabe-se que a melhor formação média é dada pelas escolas privadas. Isto significa que apenas quem tem condições financeiras de freqüentar uma boa escola é que acaba entrando na Universidade Pública de qualidade. Certo de que não poderia a curto prazo resolver o problema do abismo entre a escola pública de baixa qualidade e a Universidade Pública de boa qualidade, o "XI de Agôsto", mediante a atuação dos alunos criou este Cursinho preparatório, justamente para tentar amenizar esta diferença. Trata-se de um curso pré-vestibular para as pessoas oriundas das escolas públicas. Mediante um rigoroso processo, selecionam-se os alunos mais necessitados, para que os mesmos possam vir a estudar, pagando uma quantia simbólica por esse estudo, o suficiente para garantir o material didático, arcando o Centro Acadêmico com os demais custos do projeto, inclusive trazendo os alunos da Faculdade para dar plantões de dúvidas para os alunos do Curso. Tal iniciativa tem dado tão certo, que no final do ano de 2000 aprovaram-se mais de 40 alunos carentes em Universidades Públicas, diminuindo-se desta forma o grande abismo entre o excluído e o acesso ao ensino superior.

Os exemplos acima foram citados apenas para deixar claro que é possível sim realizar extensão universitária e também criar outros projetos sociais, e dessa forma realizar um trabalho capaz de transformar não apenas o universitário, que passa a conviver com os problemas da sociedade, comprometendo-se a enfrentar o grande desafio de melhorá-la, como também a sociedade em que vivemos. Essa é a essência da Universidade, seu maravilhoso e gratificante papel.

Para tanto escrevemos esta cartilha. Nosso intuito é sensibilizar alunos, professores, diretores e reitores de universidades a discutir o grande problema: a falta de extensão nos bancos superiores. Extensão esta capaz de realizar um trabalho social de caráter transformador e capaz de aproximar a Universidade da Sociedade. Só reconhecendo o trabalho feito por seus estudantes, e criando projetos próprios de extensão, é que a Universidade poderá cumprir seu nobre papel destinado por nossa Constituição, qual seja o de educar para a cidadania.

 

4. Poder Público

Programas governamentais que podem funcionar como meio de propagação do projeto ou espaço e oportunidade para viabilizar sua concretização:

Jornadas da Cidadania e Educação Comunitária
Promovidas pela Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, levam à periferia da capital, sempre com a participação da comunidade, atividades e serviços públicos, como expedição de carteira de identidade e carteira de trabalho, orientação jurídica, cursos de cidadania e direitos humanos, atendimento pelo Procon, assistência social, atividades de cultura e lazer, solução de problemas através do Juizado Itinerante, que é o Juizado Especial Cível móvel, para resolver as chamadas pequenas causas.

As Jornadas têm caráter itinerante, acontecendo uma vez por mês, por uma semana, em algum bairro da cidade de São Paulo, podendo também ocorrer em municípios distintos da capital.

Centros de Integração da Cidadania - CICs
O CIC é um espaço público dedicado à solução de conflitos, prestação de serviços e estímulo à participação comunitária, aproximando o Governo da comunidade.

São prédios construídos em regiões distantes do centro da capital, em locais onde o Estado, até então, não estava presente. Hoje já são quatro unidades, nas Zonas Leste (Itaim Paulista), Oeste (Jaraguá), Norte (Jaçanã) e Sul (Jardim São Luís).

Cada CIC conta com um Juizado Especial, Promotoria de Justiça, Procuradoria de Assistência Judiciária, Delegacia de Polícia, Posto da Polícia Comunitária, Assistência Social, Emissão de Documentos, Procon, Posto de Atendimento ao Trabalhador e CDHU, além de contar com amplo espaço para a realização de cursos e atividades de mobilização comunitária, cultura e lazer.

Parceiros do Futuro (Secretaria da Educação)
Programas da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social

 

5. Voluntariado

O trabalho voluntário é hoje apontado como uma das principais armas no combate à desigualdade social e na busca da humanização das sociedades modernas. Esse trabalho não só traz resultados importantes para as comunidades atendidas, como também cria laços e aproximações fundamentais para toda a sociedade.

Atualmente, diversas entidades (sociedades civis, organizações não-governamentais, clubes, associações, empresas, entre outras) praticam cotidianamente o voluntariado. O trabalho - que inicialmente se resumia à benevolência e à caridade -, ganhou força e transformou-se em atitude de cidadania e de responsabilidade social. As iniciativas são as mais diversas. Alguns jovens, por exemplo, visitam quinzenalmente algumas comunidades carentes, onde promovem encontros, palestras e atendimentos específicos. Nesse trabalho, cada um dos jovens atua de acordo com a sua categoria profissional. Outros voluntários trabalham na promoção da emancipação e autonomia de moradores de rua por intermédio da convivência e programas socioeducativos. Há outros que se dedicam a causas da ecologia, do desenvolvimento da cidadania, entre inúmeros trabalhos.

No Brasil, o trabalho voluntário teve um grande crescimento e reconhecimento nos últimos anos. De acordo com pesquisas recentes, o voluntariado brasileiro já ocupa a quinta posição mundial nesse tipo de atividade. Este ano, especificamente, comemora-se o ano internacional do voluntariado, mais uma razão pela qual a atividade tem sido tão debatida e incorporada nas comunidades.

O trabalho voluntário resgata a consciência do cidadão sobre as questões coletivas. Numa sociedade tão individualista como a nossa, em que até o Estado encontra-se limitado na sua atuação e no poder de intervenção, torna-se essencial esse trabalho.

Existem basicamente dois tipos de voluntários: o voluntário profissional ou o cidadão voluntário. O voluntário profissional é aquele que se dedica integralmente aos programas voluntários, uma das razões por que foi sancionada a lei do voluntariado em 1998. O segundo é aquele cidadão consciente que se preocupa com a coletividade. Deste modo, dedica parte do seu tempo às atividades voluntárias. Tanto um quanto outro, geralmente, recebem treinamento teórico e prático em seu setor de atuação, isto é, atuam com profissionalismo, comprometimento e seriedade. Assim, esses trabalhos têm contribuído muito em importantes causas, inclusive sendo diferenciais em índices oficiais de problemas sociais.

Assim, pode-se dizer que essa ação contra antigos e novos problemas da sociedade tem como fundamental a compreensão da necessidade do trabalho de cada cidadão, no sentido da resolução conjunta das mazelas que atingem a todos.

 

6. Implementação do projeto passo a passo

Aspecto importante diz respeito às principais demandas constatadas pelos estudantes e voluntários que já realizam esse tipo de trabalho, relacionadas ao direito, nas comunidades.

É importante ressaltar que mapear as principais demandas jurídicas é conhecer as necessidades de cada comunidade, tendo em vista que as comunidades são heterogêneas, no sentido da necessidade de atendimento jurídico.

Trata-se, portanto, de conhecer cada comunidade a ser atendida, fornecendo primeiramente um trabalho de orientação jurídica, que desembocará em um conhecimento mais abrangente dos problemas jurídicos pleiteados.

Esse procedimento permite aos estudantes e operadores tomar conhecimento das principias demandas jurídicas da comunidade, que posteriormente implicará em um aprofundamento de estudos sobre tais questões, o que certamente possibilitará um trabalho preventivo, principal objetivo a ser alcançado pelo trabalho social executado.

Tal trabalho é a principal meta porque é a partir dele que a população será educada juridicamente (sendo o tema dessa educação retirado a partir do mapeamento supra-relatado), o que possibilitará a efetiva diminuição do número de conflitos na comunidade. Essa atividade modificadora é a essência da extensão universitária, aplicada mediante um trabalho social.

Assim, será possível, mediante a multiplicação deste modelo de atuação a todas as faculdades de direito, gerar uma queda das questões jurídicas suscitadas, ampliando o trabalho para outras comunidades, com grande chance de êxito.

Possível roteiro de trabalho:
1-º - Conhecer a realidade - Estabelecer contato com a comunidade onde será desenvolvida a ação, preferencialmente visitando-a.
2-º - Ouvir as pessoas - Realizar levantamento das necessidades da comunidade selecionada, ouvindo suas demandas e principais problemas.
3-º - Estudar o problema - De volta à Faculdade, estudar as principais questões (por exemplo, criando grupos de estudo com orientação de professores) e preparar a resposta à comunidade (orientação, encaminhamento, cartilhas com noções básicas sobre o tema, elaboração de estatutos etc.).
4-º - Apontar caminhos de solução - Na comunidade, apresentar os resultados das etapas anteriores, compartilhando conhecimentos técnicos e absorvendo conhecimentos práticos, tendo em vista o equacionamento dos problemas apontados.
5-º - Avaliar os resultados - De forma compartilhada com a comunidade e corpo discente e docente envolvidos na ação, analisar os aspectos positivos e as eventuais falhas do trabalho feito, discutindo seus desdobramentos e novas possibilidades.
6-º - Preparar novas ações - A partir do êxito inicial, desenvolver novas iniciativas, reproduzindo a sistemática já utilizada ou criando outras formas de ação.

 

7. Participação

Para participar do Universidade Cidadã, basta preencher a ficha de inscrição.

 
 
 
Home - Notícias - O Projeto - Quero Participar - Eventos - Resultados
Publicações - Entidades Participantes - Dúvidas - Linha direta - Contato